terça-feira, 28 de setembro de 2010

Equinodermos

O esqueleto

Os Equinodermos possuem um esqueleto interno, que lhes dá a forma que apresentam. Trata-se de uma estrutura que existe logo abaixo de uma camada de pele. Muitas vezes, o esqueleto é composto por pequenas placas que se articulam, e que permite uma grande série de movimentos.

Pés, para que te quero?

Com exceção de alguns lírios-do-mar e ouriços-do-mar que vivem fixos, os Equinodermos se locomovem pelo fundo do mar, de uma forma muito curiosa: podem nadar (no caso de alguns lírios-do-mar) ou usar os pés ambulacrais (estrelas-do-mar, serpentes-do-mar, ouriços-do-mar e bolachas-da-praia).

Comendo de tudo um pouco.

As estrelas-do-mar são carnívoros predadores, que se alimentam de quase todos os tipos de invertebrados, preferencialmente de caramujos, mariscos, crustáceos, outros equinodermos e, "se caírem na rede", até peixes. Algumas estrelas -do-mar conseguem abrir conchas de ostras e colocar dentro delas seu estômago, digerindo todas as partes moles da ostra.

Grandes Navegações

Introdução

Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.

Os objetivos

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.

Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.

Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em absolutismo e mercantilismo).

Pioneirismo português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.

Planejamento das Navegações

Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.

Navegações portuguesas e os descobrimentos

No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.

Tratado de Tordesilhas

O Tratado de Tordesilhas foi um Tratado assinado em 1494, na cidade de Tordesilhas na Espanha, e foi assinado por Portugal e Espanha para evitar mais conflitos que prejudicassem ambas as partes. Esse Tratado foi assinado por Isabel de Castela e seu marido Fernando de Castela. O Tratado delimitava as terras de Portugal e Espanha, sendo que Pedro Álvares Cabral recebeu a ordem de demarcar as terras que pertenciam á Portugal. Esse Tratado evitou guerras entre esses povos. O Tratado delimitou uma linha imaginária nas terras, e essa linha hoje está exposta em qualquer mapa, dividindo essas terras. Portugal tomou posse das terras que estivessemá 370 léguas das ilhas de Cabo Verde, sendo que nesses limites incluiu o litoral brasileiro.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Contra Reforma

Durante o século XVI ocorreram profundas transformações na sociedade européia. Surgia uma nova classe social, a burguesia, que não se encaixava nas limitações impostas pela Igreja da época. O Renascimento havia difundido um novo pensamento à população e a burguesia dava um novo fôlego ao comércio através do qual acumulava seu lucro que a Igreja condenava como sendo um pecado mortal, renegando as mudanças que vinham ocorrendo e se atendo aos antigos costumes feudais. Mas, a verdade é que a Igreja havia se tornado muito poderosa até então e se afastado de seus dogmas de pobreza, humildade e sofrimento deixando a sociedade ainda mais descontente. A Igreja se tornara uma ostentação do luxo. Dona de muitas terras em diversos países (principalmente na Alemanha), a Igreja começou a se valer de diversos subterfúgios com o intuito de acumular ainda mais riquezas, como a venda de indulgências e de cargos eclesiásticos. Tudo isso levou à chamada Reforma, deflagrada por Martinho Lutero (Luteranismo) na Alemanha. A ele se seguiram João Calvino (Calvinismo) e Henrique VIII (Anglicanismo) que faria eclodir a última revolta do período das Revoltas Protestantes.

A esta altura a Igreja já havia perdido o domínio sobre a Inglaterra, metade da Alemanha e parte de diversos países da Europa. Desta forma, a Igreja se viu obrigada a tomar medidas drásticas para frear a onda protestante que se alastrava pela Europa. Assim, foi reaberto antigo Tribunal da Santa Inquisição. Além disso, a Igreja publicou em 1564 o “Index Libro rum Prohibitorum”, onde listava todos os livros considerados hereges por pregar contra os dogmas da Igreja.

Então, em 1545 realizou-se o Concílio de Trento, que duraria até 1563 e pelo qual a Igreja conseguiu provar que ainda era bastante poderosa para deter as reformas que haviam se alastrado pela Europa. Dentre uma série de medidas tomadas no Concílio podemos destacar o fortalecimento da autoridade do Papa e o surgimento de novas ordens religiosas (como a Companhia de Jesus). O Concílio decidiu também, criar regras para o clero, os padres deveriam estudar em seminários, estudando o catolicismo a fundo, coisa que não acontecia anteriormente, e estabeleceu-se um limite mínimo de idade para a ordenação: 25 anos para padre e 30 para bispo. Foi estabelecido também, que a Bíblia só poderia ser interpretada pela Igreja e foram mantidos os cultos das imagens e da Virgem Maria.

Após a Contra-Reforma ou Reforma Católica o papado havia se fortificado e a Companhia de Jesus, fundada por Ignácio de Loyola Brandão em 1543, tornou-se a escola dos filhos da nobreza o que ajudou a fortalecer ainda mais a Igreja.

O Concílio de Trento.

O Concilio de Trento.


O Concílio de Trento era uma assembléia que reunia os principais membros do alto clero na cidade de Trento.
As decisões do Concílio foram divididas em dois grupos:
*O primeiro se referia as mudanças nas praticas da Igreja Católica. Com os abusos intoleráveis resolveram condenar o “lucro ilícito” proveniente a venda de indulgencias, também determinaram a criação de novos seminários para orientar a formação dos integrantes do clero.
* O segundo grupo de decisões foi uma verdadeira declaração onde tomaram medidas repressivas:
. Intensificação da ação dos Tribunais de Inquisição.
.A criação do Índex.
.O estimulo a Companhia de Jesus.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Resíduos Industriais.

Resíduos industriais

O lixo gerado pelas atividades agrícolas e industriais é tecnicamente conhecido como resíduo e os geradores são obrigados a cuidar do gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de seus resíduos, e essa responsabilidade é para sempre. O lixo doméstico é apenas uma pequena parte de todo o lixo produzido. A indústria é responsável por grande quantidade de resíduo – sobras de carvão mineral, refugos da indústria metalúrgica, resíduo químico e gás e fumaça lançados pelas chaminés das fábricas.


O resíduo industrial é um dos maiores responsáveis pelas agressões fatais ao ambiente. Nele estão incluídos produtos químicos (cianureto, pesticidas, solventes), metais (mercúrio, cádmio, chumbo) e solventes químicos que ameaçam os ciclos naturais onde são despejados. Os resíduos sólidos são amontoados e enterrados; os líquidos são despejados em rios e mares; os gases são lançados no ar. Assim, a saúde do ambiente, e conseqüentemente dos seres que nele vivem, torna-se ameaçada, podendo levar a grandes tragédias.


O consumo habitual de água e alimentos - como peixes de água doce ou do mar - contaminados com metais pesados coloca em risco a saúde. As populações que moram em torno das fábricas de baterias artesanais, indústrias de cloro-soda que utilizam mercúrio, indústrias navais, siderúrgicas e metalúrgicas, correm risco de serem contaminadas.


Os metais pesados são muito usados na indústria e estão em vários produtos. Apresentamos no quadro 2 os principais metais usados, suas fontes e riscos à saúde.





A indústria elimina resíduo por vários processos. Alguns produtos, principalmente os sólidos, são amontoados em depósitos, enquanto que o resíduo líquido é, geralmente, despejado nos rios e mares, de uma ou de outra forma.

Não se sabe como lidar com eles com segurança e espera-se que o ambiente absorva as substâncias tóxicas. Porém, essa não é uma solução segura para o problema. Muitos metais e produtos químicos não são naturais, nem biodegradáveis. Em conseqüência, quanto mais se enterram os resíduos, mais os ciclos naturais são ameaçados, e o ambiente se torna poluído.

A destinação, tratamento e disposição final de resíduos devem seguir a Norma 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas que classifica os resíduos conforme as reações que produzem quando são colocados no solo:

perigosos (Classe 1- contaminantes e tóxicos);

não-inertes (Classe 2 - possivelmente contaminantes);

inertes (Classe 3 – não contaminantes).

Os resíduos das classes 1 e 2 devem ser tratados e destinados em instalações apropriadas para tal fim. Por exemplo, os aterros industriais precisam de mantas impermeáveis e diversas camadas de proteção para evitar a contaminação do solo e das águas, além de instalações preparadas para receber o lixo industrial e hospitalar, normalmente operados por empresas privadas, seguindo o conceito do poluidor-pagador.

Com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais, no início de 1998, a qual estabelece pesadas sanções para os responsáveis pela disposição inadequada de resíduos, as empresas que prestam serviços na área de resíduos sentiram um certo aquecimento do mercado – houve empresa que teve aumento de 20% na demanda por serviços logo após a promulgação da lei – mas tal movimento foi de certa forma arrefecido com a emissão da Medida Provisória que ampliou o prazo para que as empresas se adeqüem à nova legislação.

A soma das ações de controle, envolvendo a geração, manipulação, transporte, tratamento e disposição final, traduz-se nos seguintes benefícios principais:

*minimização dos riscos de acidentes pela manipulação de resíduos perigosos;
*disposição de resíduos em sistemas apropriados;
*promoção de controle eficiente do sistema de transporte de resíduos perigosos;
* proteção à saúde da população em relação aos riscos potenciais oriundos da manipulação, tratamento e disposição final inadequada.
* intensificação do reaproveitamento de resíduos industriais;
* proteção dos recursos não renováveis, bem como o adiamento do esgotamento de matérias-primas;
* diminuição da quantidade de resíduos e dos elevados e crescentes custos de sua destinação final;
*minimização dos impactos adversos, provocados pelos resíduos no meio ambiente, protegendo o solo, o ar e as coleções hídricas superficiais e subterrâneas de contaminação.

Muitos empresários bem que gostariam de colaborar, efetivamente, para a despoluição não só por motivos éticos, mas, principalmente, práticos. O que se joga fora ocupa espaço e leva embora muita matéria-prima que poderia ser reaproveitada. Fala-se constantemente em reciclagem de materiais, mas ocorre que ainda estamos no início de um trabalho que demanda ousadia e paciência. E que nem sempre custa uma exorbitância.

Todo processo industrial está caracterizado pelo uso de insumos (matérias-prima, água, energia, etc) que, submetidos a uma transformação, dão lugar a produtos, subprodutos e resíduos.
Quando se fala em meio ambiente, no entanto, o empresário imediatamente pensa em custo adicional. Dessa maneira passam despercebidas as oportunidades de uma redução de custos.

Sendo o meio ambiente um potencial de recursos ociosos ou mal aproveitados, sua inclusão no horizonte de negócios pode resultar em atividades que proporcionam lucro ou pelo menos se paguem com a poupança de energia ou de outros recursos naturais.

Neste sentido, para proporcionar o bem-estar da população, as empresas necessitam empenhar-se na: manutenção de condições saudáveis de trabalho; segurança, treinamento e lazer para seus funcionários e familiares; contenção ou eliminação dos níveis de resíduos tóxicos, decorrentes de seu processo produtivo e do uso ou consumo de seus produtos, de forma a não agredir o meio ambiente de forma geral; elaboração e entrega de produtos ou serviços, de acordo com as condições de qualidade e segurança desejadas pelos consumidores.