É difícil de calcular quantos outros milhões saíram do conflito vivos, mas completamente inutilizados devido aos traumatismos psíquicos a que foram submetidos (bombardeios aéreos, torturas, fome e medo permanente). Outra de suas características, talvez a mais brutal, foi a supressão da diferença entre aqueles que combatem no fronte e a população civil na retaguarda. Essa guerra foi total. Nenhum dos envolvidos selecionou seus objetivos militares excluindo os civis.
Atacar a retaguarda do inimigo, suas cidades, suas indústrias, suas mulheres, crianças e velhos passou a fazer parte daquilo que os estrategistas eufemisticamente classificavam como "guerra psicológica" ou "guerra de desgaste". Naturalmente que a evolução da aviação e das armas autopropulsadas permitiu-lhes que a antiga separação entre linha de frente e retaguarda fosse suprimida.
A Guerra Fria
Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União Soviética (ver Federação Russa) após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). É chamada de Guerra Fria por ser uma intensa guerra econômica, diplomática e ideológica travada pela conquista de zonas de influência.
A disputa divide o mundo em blocos de influência das duas superpotências e provoca uma corrida armamentista que se estende por 40 anos. Com sistemas econômicos e políticos diferentes, EUA e URSS colocam o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear, criando armas com potência suficiente para explodir o planeta inteiro. Os EUA assumem a liderança do chamado mundo capitalista livre, e a URSS, do mundo comunista.
A expansão socialista
Com o fim da Segunda Guerra mundial, novos países passaram a adotar sistemas socialistas. 8 países europeus se tornaram socialistas. A China realizou sua revolução e no início da década de 1960, Cuba se tornou o 1º país latino-americano a aderir o bloco liderado pela URSS, que superou a devastação provocada pela guerra, mantendo os mesmos princípios anteriores a 1939. Não houve ruptura no campo político e social. Apenas a partir de 1953, com a morte de Stálin haveria alterações. Em 1956, Kruschev, então secretário geral do partido comunista, fez veementes ataques a Stalin em relatório lido no 20 º congresso. A crítica estimulou a abertura política.
O muro de Berlim
Por mais de 28 anos, o Muro de Berlim foi símbolo da divisão das duas Alemanhas. A muralha se estendia por 155 quilômetros e separava Berlim Ocidental de Berlim Oriental. Muito maior era a fronteira interna alemã, entre a República Federal da Alemanha (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA), de regime comunista.
A 13 de agosto de 1961, guardas da República Democrática Alemã (RDA) haviam começado a fechar com arame farpado e concreto a fronteira que separava as partes oriental e ocidental de Berlim, bem como Berlim Ocidental do território da Alemanha Oriental. Ele começou a ser rompido em 9 de novembro de 1989, após 28 anos de divisão.