sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Atividades agrícolas nos E.U.A.

Consequências do desenvolvimento agroindustrial (exodo rural, interna ilização de tecnologia concentração a propriedade)

O processo de modernização da agricultura brasileira resultou em profundas modificações nas relações sociais, no mundo do trabalho e da produção. Mas a modernização teve também como conseqüência, num modelo social perverso como o nosso, a permanência da concentração da terra, o êxodo rural, aumentou o processo de assalariamento para o homem rural, concentrou capitais e gerou um processo de industrialização da agricultura, direcionada para atender às demandas do capital nacional e internacional. Este processo causou e tem causado problemas sociais ao trabalhador rural, como o desemprego estrutural.

A industrialização da agricultura, suporte do aumento da produtividade agrícola, é representada por todo tipo de maquinaria, implementos e insumos modernos que advêm das agroindústrias. Os modernos implementos agrícolas, se por um lado auxiliam o processo de produção, por outro causaram e causam desemprego e êxodo rural dentro de um modelo de desenvolvimento concentrador e excludente, como o do Brasil.

Hoje, assiste-se à consolidação de um setor altamente modernizado da agricultura, o chamado Agrobusiness, que se propõe a superar a dicotomia entre agricultura e indústria, ao englobar a produção, a industrialização e o comércio de produtos agrícolas, representando quase 50% do PIB brasileiro, ao lado de um setor, como os Sem-Terra, que lutam por um pedaço de terra para produzir.

Nesta conjuntura, como o sindicalismo rural tem analisado esta questão? Este artigo pretende apenas dar alguns indicativos desta discussão.

NOVAS TECNOLOGIAS E RELAÇõES SOCIAIS NO CAMPO

A questão agrária, nos terrenos culturais, sociais e econômicos, apresenta-se como um dos campos de análise mais complexos. Globalização, novas tecnologias, difusão da indústria cultural, fazem da questão rural um campo de exclusão e integração, de globalização e localismos, de modernidade e tradicionalismo. Ianni afirma que:

Aos poucos, ou de repente, conforme a província, o país, a região ou o continente, a sociedade agrária perde sua importância quantitativa ou qualitativa na fábrica da cidade, no jogo das forças sociais, na trama do poder nacional, na formação das estruturas mundiais de poder. Em vários casos, o mundo agrário decresce de importância, na organização e dinâmica das sociedades nacionais e da sociedade global, ou simplesmente deixa de existir.2

Um dado fundamental é a crescente urbanização das relações sociais, culturais e políticas do campo. É visível a homogeneização, ou monopolização da cultura mundial. Os meios de comunicação aproximaram as zonas rurais das áreas urbanas trazendo, em escala crescente, a urbanização da cultura rural. O rádio e a televisão são aparelhos presentes mesmo nas regiões mais pobres e periféricas do campo. Mas também o telefone celular, o fax, e o computador já estão presentes no processo produtivo e cultural em diversas regiões. O rural torna-se urbano.

O que é certo é que novas relações urbano-rurais configuram-se neste momento, trazendo à luz novas relações sociais que permitem a seguinte pergunta: existe pertinência na permanência deste dualismo rural/urbano, num mundo que globaliza-se em termos econômicos e culturais? Onde a cultura televisiva e parabólica chega de maneira massiva à "casa do homem do campo", e a produção alimentícia se submete aos desígnios da ciência e da técnica, sob o patrocínio de uma nova revolução na gestão e na produção do capitalismo mundial?

O processo de modernização da agricultura acompanha o capitalismo, porém, a partir dos anos 40, desenvolve-se na agricultura, um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, com o incremento do uso do trator e diversas maquinarias agrícolas, e ao uso de fontes energéticas como a eletricidade e o petróleo. Concomitantemente, existe um forte crescimento na pesquisa biológica e química, com o uso de fertilizantes, defensivos, sementes híbridas e fungicidas.

Este processo acelerou o incremento de capital na agricultura e na indústria ligada ao ramo agropecuário, aumentando a dependência do setor agrícola ao capital industrial.

Na década de 60 a agricultura conhece a chamada "Revolução Verde", difundindo técnicas agrícolas desenvolvidas nos países centrais para os países periféricos. As tecnologias exportadas para estes países possuíam caráter de produtos de exportação, não resolvendo o problema básico de alimentação das populações, assim como, devido ao alto custo das aquisições destas tecnologias, que trouxeram um processo de endividamento dos produtores. Além do mais, causaram problemas ambientais pela poluição, pelo uso de agrotóxico e problemas de dependência do petróleo.

Nos anos 70 as crises no capitalismo central levaram as empresas e governos a abrirem novos caminhos para a elevação da produtividade, buscando principalmente o incremento de pesquisas em novas tecnologias, principalmente àquelas ligadas ao desenvolvimento mecânico e químico.

Os anos 80 e 90 são marcados pela difusão da microeletrônica e, em menor escala, porém de importância para a agricultura, da biotecnologia, que já começam a ser utilizadas no processo produtivo e gerencial alimentar.

O atual processo de expansão e globalização do capitalismo possibilita profundas mudanças no mundo rural. O monopólio da grande produção pelas agroindústrias, a produção para o mercado, o consumismo e a cultura urbana integram o mundo do rural às competitividades do mercado.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O sistema endocrino

Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

Constituição dos órgãos do sistema endócrino

Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, que podem ser uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas aglomerados de células que desempenham as mesmas funções básicas e têm a mesma morfologia geral e origem embrionária - o que caracteriza um tecido. São na verdade órgãos definidos com arquitetura ordenada. Elas estão envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos penetram nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções.

Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais.


Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.

Hipófise ou pituitária

Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide chamada tela túrcica. Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise).

Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.

Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles:

  • Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.
  • Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal)
  • Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
  • Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).

Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

Hipotálamo

Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.

O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back.

Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

O hipotálamo também produz outros fatores de liberaçãoque atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.

Tireóide

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) etiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

Paratireóides

São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas.

As glândulas endócrinas e o cálcio

Adrenais ou supra-renais

São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos.

Pâncreas

É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

4º bimestre

Primeira Revolução Industrial

Primeiras invenções – A máquina de tear, a máquina a vapor, o barco a vapor, o telégrafo, a locomotiva.

A Revolução Industrial acelerou o processo de migrações do campo para a cidade, o que intensificou o crescimento da população urbana e contribuiu para a formação de uma nova classe social, a operária. A jornada de trabalho nas primeiras décadas de industrialização tinha uma duração de 14 a 16 horas diárias. Os baixos salários, em conseqüência de abundância de mão-de-obra e da utilização das máquinas reduziram o preço da força de trabalho a níveis de mera substância. O desemprego levou a uma formação do "exército industrial de reserva".
Na Inglaterra a miséria e o desemprego produzidos pela industrialização acabaram por desencadear um movimento espontâneo de destruição das máquinas pelos operários, que ficou conhecido como LUDISMO.

A primeira fase da Revolução Industrial correspondeu ao período que se estende de 1760 a 1850; nesse período a Inglaterra liderou o processo de industrialização. O desenvolvimento técnico-científico, implementando a modernização econômica, foi significativo; surgiram então as primeiras máquinas feitas de ferro que utilizam o vapor como força motriz. Por outro lado, a existência de um amplo mercado consumidor para artigos industrializados - América, Ásia e Europa - estimulava a mecanização da produção.

Na primeira fase da Revolução Industrial, a
indústria têxtil foi a que mais se desenvolveu. A grande oferta de matéria-prima (o algodão, cujo maior produtor era os Estados Unidos) e a abundância de mão-de-obra barateavam os custos da produção, gerando lucros elevados, os quais eram reaplicadas no aperfeiçoamento tecnológico e produtivo. Assim, também o setor metalúrgico foi estimulado, bem como a pesquisa de novas fontes de energia.

Algumas invenções foram de fundamental importância para ativar o processo de mecanização industrial, entre as quais podemos destacar:

*
a máquina de Hargreaves (1767), capaz de fiar, sob os cuidados de um só operário, 80 kg de fios de algodão de uma só vez;

*
o tear hidráulico de Arkwright (1768);

*
a máquina Crompton, aprimorando o tear hidráulico (1779);

*
o tear mecânico de Cartwright (1785);

*
a máquina a vapor de Thomas Newcomen, aperfeiçoada depois por James Watt (1769);

*
o barco a vapor de Robert Fulton (1805 - Estados Unidos);

*
a locomotiva a vapor de George Stephenson (1814).

Para facilitar o escoamento da produção industrial e o abastecimento de matérias-primas, também os setores de transportes e comunicações tiveram que se modernizar. Surgiram o barco a vapor, a locomotiva, o telégrafo, o telefone, etc.

A expansão industrial logo ativaria a disputa por novos mercados fornecedores de matérias-primas e consumidores de gêneros industrializados resultando no que se denominou neo-colonialismo.


NEURÔNIOS, CÉLULAS ESPECIALIZADAS EM COMUNICAÇÃO O tecido nervoso e formado pelos neurônios , células especializadas na condução de impulsos nervoso


O tecido nervoso e formado pelos neurônios , células especializadas na condução de impulsos nervosos.

Os impulsos nervosos são uma mistura de fenômenos químicos e elétricos, que envolvem alguns dos sais estudados durante a digestão e a entrada e saída desses através de membranas dos neurônios, graças a uma propriedade chamada excitabilidade.

Os neurônios possuem uma organização geral:

Dendrito:filamentos menores,geralmente numerosos e muito ramificados, que vão se afiando a medida que se afastam do corpo celular.E através dessa estrutura que as células nervosas recebem impulsos.

Corpo celular:onde se encontram o núcleo e a maioria das organelas citoplasmáticas das células.o Axônio, filamento único e maior que se ramifica apenas na extremidade. É através dele que a célula nervosa envia impulsos a outras células, em uma conexão com dendritos conhecida como sinapse. Nem sempre o axônio é o filamento mais longo.

Os neurônios atuam sempre em conjunto, comunicando-se uns com os outros através do axônio de uma célula com o dendrito da seguinte; um mesmo axônio pode fazer a “ligação”, com vários dendritos.

Quando o impulso nervoso vem pelo axônio e chega a membrana na extremidade deste (lembre que se trata de uma célula), ocorre a liberação desses medidores. São eles que desencadeiam o impulso nervoso na membrana do dendrito na outra célula. Desse ponto o impulso é conduzido em direção ao corpo celular, e daí para o seu axônio, e assim por diante.

Já podemos deduzir, a partir daí, a direção do impulso nervoso do neurônio: sempre do dendrito para o axônio, passando para o corpo celular. As células nervosas formam sinapses também com músculos, chamadas sinapses neuromusculares.

Em alguns axônios existem um involuntário chamado estrato mielínico, cuja função é aumentar a velocidade da transmissão do estímulo nervoso. Esse involuntario-comparável a capa plástica dos fios elétricos- é formada por células ricas em um tipo de lipídio chamado mielina, e funciona como um isolante elétrico. A velocidade de transmissão do impulso nervoso chega, dessa forma, a 130m/seg.